Tenho andado da mesma forma pelas calçadas, com um destino onde não me quero encontrar. apenas permaneço perdida por entre estranhos e isso nesta terra é bom, faz-me sentir maior do que sou, mais grandiosa no mundo. sei que sou um ponto por entre milhares de outros pontos iguais, todos com a mesma fé: encontrar aquilo que procuramos a vida toda e não temos a certeza exacta do que seja. sou uma entre milhares que quer ser feliz. apenas isso, feliz. pois eu sou uma menina de uma terra natal, apenas isso.
O estar rodeada de pessoas que gostam de ti, que te querem por perto, abraçá-las e sorrir pelo momento..é bom. Mas não sei explicar, indiscritivelmente são nestes dias que quero estar só, abandonada ao abandono, olhando a gardunha com algum jazz aos ouvidos e saber que não existe ninguém ao meu lado para me dar a mão nem um ombro onde me possa encostar. São estes dias que me dão vontade de sentar numa mesa ao canto de um café e pedir um pequeno-almoço só meu. E depois andar o dia todo pela terra com os meus pensamentos, fazendo uma introspecção de mais um ano que passou. Voltaria apenas a casa, a todo aquele conforto da família depois do sol se pôr. Entrava de esgueira para o meu quarto e fingia que nada aconteceu, que foi um dia igual a tantos outros.
 

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