Olha, hoje acordei um pouco mais cedo do que o habitual, fartara-me de estar na cama, acho que é por estar um pouco farta. Ora é isso mesmo, estou farta!! Estou farta destas férias melancólicas e enfadonhas, já anseio pela praia, quero sol, quero sentir a areia quente nos meus olhos, as salgadas ondas fortes que me derrubam, quero isso tudo. Uma só e melódica palavra - "mar", sinto realmente que as férias se estão a aproximar de mim, como uma leve lufada de ar fresco que me invade o espírito e me deixa de certa forma muito bem-disposta, parece que me transporta para aqueles tempos de criança, dos castelos de areia, das perguntas constantes "já posso ir à àgua?", aii era realmente a melhor coisa do mundo! Quero mais disso, não existe melhor fantasia do que estar uma semana frente-a-frente ao oceano, como se fosse aquele amigo sempre com um olhar afável e doce, e eu acordo todas as manhãs dou-lhe os bons dias e retribuo-lhe com um sorriso tudo o que ele me diz . Na verdade, é summertime!
Para quê sonhar?
Para quê lutar?
Para quê viver?
Podemos não ter asas para voar, podemos ter caminhos cheios de atritos pela frente, podemos ter pesadelos ao invés dos sonhos, podemos ganhar muitas pequenas batalhas mas perder a maior de todas a guerras .. Sim, é frustante, Sim, é agoniante, Sim, não apetece viver!
Mas quando me sinto assim: Escuto a vida, ela fala comigo todos os dias. Todos os dias aprendo.

Quando te sentires assim veste a roupa que tanto gostas coloca o perfume mais caro que guardaste para aquele dia. Vai à luta, mesmo que tropeces ou te magoes. Se não arriscares nunca saberás. Amanhã nada te garante que o teu sopro de vida não acabará. Sai de casa, bebe um shot, diz aos teus melhores amigos que os adoras, diz áquele que te completa o quanto o amas, agradece aos teus pais, bate palmas e salta. Estás VIVO!



não sei quantas almas tenho, por Fernando Pessoa. Será estúpido sentir-me assim? É como uma descrepância de variadas emoções, de diversos "eu", mas num mesmo corpo humano, é um sentimento estranho que foge ao meu controlo, mas que não deixa de ser literário, e que me submerge a identidade. hoje sinto-me assim, dividida pela responsabilidade e pela libertinagem .. Mas não me percebem?
Estou cansada de hábitos! Hoje apetece-me ser espontânea, quero sentir uma lufada de ar, retornar à minha pureza de criança, ver os meus cabelos a esvoaçar por entre os dedos do meu namorado, acreditar que há finais felizes, possuir asas e voar, escutar o barulho do mar, tomar o pequeno almoço na cama, enquanto por entre a abertura dos estores sou iluminada com um suave raio solar, quero tanto mais ..
Sinto-te distante! Sinto que já não és a mesma pessoa como eras antes, eu mudei, tu mudas-te e já não podemos fazer nada para voltar.mos atrás! Tenho saudades tuas, tenho saudades como de como eras antes,tenho saudades de te sentir perto de mim, não fisicamente mas também psicologicamente! Como já te disse tenho medo, bastante medo que a nossa amizade se torne num simples "Bom Dia" ou num simples "Tudo Bem?", não percebo esta nossa distância, talvez te sinta um pouco "arrogante" para comigo, a tua maneira de falar mudou completamente, podes dizer que estou a ficar paranóica mas simplesmente é a minha opinião perante a nossa amizade neste momento! Podes axar que n existe muita diferença na nossa maneira de falar um para o outro, podes dizer que simplesmente o facto de não haver coisas para contarmos nos torne diferentes! Mas eu sinto que a nossa amizade está a desmoronar.se a cada dia que passa, sinto também que já não somos tão amigos como eramos, simplesmente como já disse mudámos um e o outro! Tu dizes que continuamos os mesmos, eu discordo! Digo que estamos mais afastados, digo que quero a pessoa que tu eras antes, digo que preciso da pessoa que eras antes, digo que quero voltar a sentir a pessoa que tu eras antes e não no agora! E quero que voltes á pessoa que tu eras antes porque tenho medo que a nossa amizade xegue aquele ponto que eu odiaria que chegasse! Antes eras aquela pessoa meiga, doce, querida, simpática,verdadeira agora mudas.te completamente! Quero aquela pessoa que me ajudou quando eu precisei, quero sentir o carinho, o afecto, a amizade que tu sentes por mim e neste momento não estou a sentir! Percebes.me?
Bolas tu és uma pessoa forte, cheia de coragem, cheia de amigos, cheia de virtudes, porque fizeste com que tudo mudasse? Aquela pessoa tão perfeita que tu eras, aquela pessoa que eu amava e ainda amo de verdade onde está?

Quero-te de volta

Cheguei ao bairro de Olaias, embarquei na carris, levava um sufoco no coração e um olhar carregado sobre as paisagens clássicas de lisboa, no decurso até ao Martim Moniz a essência da grande metrópole estava ali reduzida, à velha e boa Lisboa. Para cima, iam as hortas de Chelas, para baixo o triunfo de um estacionamento não pago, e a inveja do outro, que lhe olhava a traseira.
Desci do melancólico autocarro, pousei os pés na calçada e subi pela rua acima, em direcção a um quarto de hospital. Ia com o brilho e esperança, que até agora não tinha sido demonstrado, face à sua não necessidade.
Debrucei-me sobre a cama do hospital, beijámo-nos com um ósculo reconfortante...os beiços dele contorceram-se, lutando por um fugaz sorriso e pelo poder da palavra.
Pareceu-me bem...o dia estava puro e sereno, mas não como todos os outros precedentes, porque as circunstâncias eram outras...outras, tão outras e diferentes das outras!
Toda a família tinha dado cuidadosamente as suas providências, e no final ambos chegámos, sem nenhum "acidente" ao nosso destino.
Eram boas seis horas da tarde quando cheguei ao ponto de partida. E assim tinha sido a minha viagem, tinha visto alguma coisa do mundo, e moldei-me durante mais um instante. De todas as viagens, foi nesta que reconheci a minha menoridade, foi nesta que me repreendi pela minha distracção e egoísmo. Foi nesta que (o) perdi! Mas também foi nesta viagem, que vi, que vi para além da voz do silêncio, o lutador, o sábio, a majestade que era...o pai e o (meu) Avô.

Vamos à Lua?

Sempre que olhar para a lua...
Sei que também já estiveste a olhá-la.
Sempre que olhar para a lua...
Sei que nela há um pouco de ti e tu sabes que nela há também um pouco de mim.
Um pouco de nós.
Algo que é só nosso.
E então olhamo-lo e estaremos juntas.
A qualquer momento, a qualquer hora!
Sempre que olhar para a lua...

(Para a minha fortaleza, Dani)