Talvez, Salvação Nacional

Só espero que agora não ajam como crianças em busca do poder, como pequenos déspotas de infinita ignorância e de desmesurada vaidade, que por acaso, têm entre mãos o governo de um país. O país trabalha, comete sacrifícios, vê-se perante um estado caótico e de sofrimento atroz, e só deseja, sinceramente, que as coisas se resolvam. Só deseja recuperar a sua vida condigna, trabalhar, ser capaz de alimentar a casa, pagar menos impostos, poupar para umas férias que até podem não ser no Algarve, mas que existam, e suar para uma reforma na decrepitude da vida. Não podemos ser estatísticas em jogos políticos, não podemos continuar a ser alvos de birras políticas, não somos pinocos de estratégia e de tácticas partidárias de mera oposição contrária. Ao fim ao cabo, foi este o manifesto que o Presidente da República fez. Com lacunas ou não, com falhas ou não de discurso, com pouca ou muita cautela, podendo dar um bom ou um mau resultado, enfim... o que queiram. Mas pediu, e pediu um silêncio que todos nós já desejámos e desejamos. Pediu o silêncio - ou melhor definindo - o fim do ruído das agressões diplomatas sucessivas, que não resolvem nada, e que apenas inflamam instabilidade. A matriz política desta democracia parece ser por definição um constante dizer mal dos outros, e um subsequente, elevar-se a si mesmo. E não digo, que as oposições não são necessárias, porque são! Mas não no vazio, não para agradar plateias partidárias, mas sim, para sendo colocadas, de forma reflectida e estruturada, responderem em função das necessidades de um povo. Porque sim, a competência dos políticos e dos partidos é servir o país! E não a sua própria corja! E neste momento já não há boas soluções, há - e suspiramos, aqui - males menores!