não gosto do silêncio e das palavras que ficam presos no ténue limiar do pensamento, à beira do abismo da intenção. de todas as "inverdades" não exteriorizadas, escondidas sob o véu do eufemismo.
e sinto-me exausta diante de todo este jogo verborrágico, que fazem brotar frivolidades incontroláveis em desiquilíbrio. são seres embriagados pela ignorância, são heróis abafados pela multidão, são olhos pisados que no calor de tantas palavras se queimam, no ardor da repugnância, exacerbados de prazer e nojo. retraio-me e atraio-me. pelos discursos falaciosos e cheios de graça, pelos fins fora de horas, pelos histéricos suaves gritos de medo.

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