Corremos, corremos, e quem nos apanha?
Corro tão rápido, tão confusamente, em delírio. Viro em todas as direcções, se a anterior não for a certa, voltar a trás nunca o farei. Talvez seja pelo orgulho louco que me percorre as veias ou simplesmente porque me é impedido por uma voz gritante, mas silenciosa, que mata lentamente. Maldita. E tu vida, olhar-te-ei de frente, saberei apertar-te as mãos com a maior das forças, vou sentir a alma revolvida, mas mesmo assim vou mergulhar no teu mar.  
Amigos, quando temos um trilho enorme pela frente encolhemos os ombros, fintamos o seu ponto máximo, mas colocamos mãos à obra. Talvez um dia lá chegaremos, e nesse preciso momento já teremos outro para atingir, e depois outro, mais outro, outro e outro. Pode passar-nos um comboio por cima, mas continuamos vivos. É isso que interessa, não é?

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