Voltar ao mesmo sítio depois de passar precisamente um ano é sentir aquelas pessoas, aquela música na rádio, aquela piada, aqueles sorrisos, aquele primeiro olhar e abraço. É ter curiosidade em saber quem serão os próximos rostos e os próximos passos, o próximo sucesso, a próxima derrota. Agora que nos precipitamos para um novo ano, deixo-me de cinismos relativamente à felicidade que este nos trará, porque bem sabemos as dificuldades que temos. Mas o homem não se reduz a isso. Há uma felicidade maior, a suprema, que só por a buscarmos se torna real. Não vamos lá com juras, promessas, arrependimentos, não vamos lá com diminutivos, nem com mimosas palavras. Ajam, ajam deveras com o coração para que quando houver necessidade, já não sejam precisas juras, porque o sim e o não bastam. Acontece que como homens somos naturalmente humanos, mas também naturalmente divinos, e todos os os dias são parte de uma história, não deixem que alguém a conclua à noite aos enfermos, porque cada dia da vossa vida é um bocado da vossa história, e ninguém a pode contar toda. Era uma vez tu.

Sem comentários:

Enviar um comentário