O que se passa comigo? Às vezes sinto vontade de gritar, abanar-me freneticamente como quem abana um produto, um objecto...
O reflexo do espelho onde me vislumbro embacia-se, numa névoa carregada esconde a pessoa louca, sim aquela que é louca por viver, louca por falar, louca para ser salva, desejosa de tudo, mas tudo não é mesmo que "o que toda gente quer". Agora já não estou louca, estou apenas na moda, no mundo de aparências impingidas e camufladas, e o pensamento sobre tudo o fomos e o que somos resume-se isto, a uma compulsiva onda de inveja, histerismo e consumismo.
Eu canso-me facilmente das coisas que me rodeiam, mantenho o pragmatismo e sou desprendida, e não para estar constantemente a seguir anúncios itinerantes, liberto-me porque me canso da monotomia, dos dias e das pessoas tão iguais a tantos e tantas outras.
Torna-te num quadrado por entre milhares de pontos iguais, age com dignidade, porque não somos coisas, não temos preço, somos pessoas na qual reside um problema: somos comuns, vulgares com um medo infindável de transparecer a essência da qual somos dotados.

1 comentário:

  1. Rita, gostei muito deste texto e realmente tens toda a razão, todo o ser humano teme cair no vulgar, até porque todos nós gostamos de nos sentir nós próprios neste mundo onde personalidades, estilos e até essência pessoais são emitadas ou robadas. Ser único é umas das nossas prioridades : )

    parabéns plo texto :D

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