As pessoas vão e contam irremediavelmente. e contam tudo, cedo ou mais tarde, o interessante e o fútil, o privado e o público, o íntimo e o supérfluo. No entanto, há coisas que devem permanecer no oculto e que têm de ser difundidas (também), a mágoa e as alegrias e o ressentimento, os agravos e a adoração e os planos para a vingança, o que nos orgulha e o que nos envergonha, o que parecia um segredo e o que pedia sê-lo, o consabido e o inconfessável e o horroroso e o manifesto, o substancial - o enamoramento - e o insignificante - o enamoramento. Sem pensar duas vezes. Tenho um segredo pregado à alma. ou muitos.Tenho tanta coisa. tanto para te contar e definir que seria mais fácil bradar aos céus a minha alma para que tu, onde quer que estivesses, me ouvisses. Não haveria julgamentos nem algo que se assemelhasse. Apenas a minha voz ouvirias como uma nota musical a sair de um instrumento e a preencher o teu espaço. Seria o nosso segredo, a minha confissão espiritual.

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