Percorremos trilhos, subimos montanhas e caímos em vales. Desejamos e pedimos, por vezes, coisas com tal intensidade numa fracção de momento que chega a doer. Tentamos e voltamos a tentar. Nada. Com os dias a passarem ousadamente em frente a nós e as noites a chegarem sorrateiramente aos nossos olhos, interiormente, desistimos de tentar, pensando que não somos suficientemente bons para que as coisas boas venham ter connosco, sentimos que não fomos talhados para a felicidade. Mas um dia, quando tudo muda e estamos a dois, três passos de sermos felizes o medo vem em conjunto com a expectativa, consumindo-nos. Na verdade, lá bem no fundo nós temos receio de mudanças, mesmo aquelas que nos consomem há uma infinidade, impacientes, esperamos que nos suceda. Eu tenho medo de mudanças inesperadas, pequenos sismos sentimentais que possam vir a abalar a minha estrutura, não um medo de morte, de cortar veias de respiração, apenas medo de menina que não sabe ao que vai, pavor do contentamento escondido atrás de uma encruzilhada. Sim, estou a dois, três passos de ser feliz.
Sejam felizes

2 comentários:

  1. Muito muito muito obrigado. Mais que gostar, que se identifiquem, e que se reflictam neles :)

    Beijinho*

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