Merda: a "gaia ciência"

Sim, infelizmente, todos fazemos parvoíces, cometemos erros, possuímos defeitos e somos falíveis. Não admira, por isso, que sejamos nós também a sofrer os efeitos das consequências dos nossos males. É claro, que os erros são uma espécie de flagelo. Agora, o problema prende-se com o alvo que se deve deteriorar. Primeiro, passa por compreendermos que as auto-avaliações carecem muita vez de realidade e, raramente, são análises correctas e devidas dos nossos falhanços, ao longo da nossa história de vida - ou porque são destrutivas de "ser", ou porque, nem sequer existe consciência para analisar seja o que for. Segundo, que é nos falhanços que se encontra a matéria-prima para construirmos um ser melhor. Terceiro, e por fim, se os erros são uma espécie de flagelo que o sejam sobre o alvo devido: o que correu mal, e não sobre o que de nós pode correr melhor. Porque na verdade, tendemos a encarar as derrotas como uma desculpa plausível de não voltar a arriscar. E isto, acima de tudo, consequência de uma preguiça mental imensa, em que preferimos esquecer do que voltar a tentar. E portanto, ficamos sempre aquém das nossas possibilidades, vitimas do nosso medo. Quanto tempo demorará para compreendermos que os fracassos de quem ousa desafiar-se a si mesmo e ao mundo são sucessos? Porque o simples arriscar, contribui para uma introspecção sobre os fracassos, que nos poderão conduzir a futuros sucessos. Sendo que, espíritos de ânimo corajoso e elevado, prestam atenção exponencial a tudo, estando ou não perante sucessos, na medida em que o que existiu de negativo (ou de menos positivo) seja uma oportunidade para se estudarem, emendarem e aperfeiçoarem. Digo, simplesmente, que a inércia não conduz ao fracasso, mas também não propicia o sucesso. Porque, por vezes, o maior sucesso é tentar. Deixando de uma vez por todas este empobrecimento induzido de espírito que não benefecia de felicidade. Não nos iludemos, na vida se queremos brio e vitória, devemos ter quedas e derrotas. Ninguém nasce perfeito no ventre materno. É preciso cairmos, para termos necessidade de evitar quedas. Tal como, por um lado, dá pena vermo-nos nesta pobreza não só de pensamento como de bolso, mas como por outro, possamos aprender, desta forma, a nunca mais  nos colocarmos nesta situação (como dizia o outro). E a graça está, no momento, em que a merda se transforma na "gaia ciência".

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