agora exige-se silêncio. pouso o lápis e baixo as luzes. deixo-me nua e rascunho as linhas do meu corpo no papel pardo. há uma resma de folhas já pronta, outra resma com pormenores em falta, e outra - por fim - com desejos irrealizáveis em branco. acho sempre que posso ser melhor, mesmo quando faço tanto. agora o lábio inferior lateja por causa do frio que ousou piorar nestas datas. o comboio começa a deslocar-se - oiço-o. quero tanta coisa e ao mesmo tempo só quero estar aqui, com a roupa de ontem. O que fazer?...talvez esperar por um novo nascer de sol, quem sabe tudo fique mais claro e mais perfeito aos meus olhos.

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