decorarei o meu leito de morte com todas as recordações possíveis. todos os sorrisos abafados, todos os beijos tímidos, todos os trilhos em que caminhámos, todos os finais de tarde entrelaçados, todas as promessas, todos os sonhos tornados em realidade, todas as pontas desatadas, todas as horas em que enchemos o coração de medo para sobreviver ao desconhecido. irei pintálo em azul turquesa, pois faz-me lembrar o céu, apesar de eu nunca lá ter estado, e vou envolve-lo num manto de prata que roubei ao luar na noite que passou. decorá-lo-ei, frente aos meus olhos de terra, para me poder felicitar e saber, para todo o sempre, que fui alguém que passei por aqui, deixei uma pegada, uma alma e..vivi.

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