Em ti, no recôndito de ti, no íntimo inatingível da tua pessoa. No mais oculto e indesvendável de quem és. Tu, aí, derramado sobre ti, no cônclavo do teu ser recluso. Estendes-te, olhas-te sem ver, para a tua existência não dissipar. Cerras os olhos à dormência e é sobretudo quando te vês. Onde podes existir na liberdade de ser. Estás aqui, no silêncio da Terra, ouço-te a existir na dispersão de mim.

1 comentário:

  1. "Dormir! Adormecer! Sossegar! Ser uma consciência abstracta de respirar sossegadamente, sem mundo, sem astros, sem alma!" F.Pessoa

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