E eu disse, no alto de um pôr-do-sol de final de tarde, que queria ser feliz, que queria partir para aquele mar a que me prometi. Cá, no meu íntimo queria, piamente, acreditar que seria cumprível, e que os desejos aparecem em forma de realidade, quando lutamos por eles, com todas as forças que possuímos. Sempre fui cobiçadora de destinos difíceis e isso inquieta os que me rodeiam. Sempre me questionaram se estas ambições que possuía seriam capazes de serem levadas a cabo. Eu não sabia e não sei responder. A primeira coisa que me ocorria no pensamento era que me sentia só, na minha pura juventude, amargurada e traída. Porém, não vou, desistir daquilo que me faz respirar profundamente, todos os dias, e me faz levantar da cama para mais uma luta diária, sem medos nem receios de críticas e maus olhares, denunciadores da infímia vontade de me cortarem as pernas, prendendo-me a um sítio eterno. Pois é esta tamanha vontade, que torna momentos intactos, fracções de segundo eternas, porque são sentidas com tamanha intensidade que petrificam e nenhuma força jamais as resgata!

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