Apenas permaneço perdida perante estranhos, e ao mesmo tempo deixo-me envolver, estaticamente, pela escuridão. Já não me reconheço mais, nem a mim nem a este lugar. E este é o caminho de salvação da alma. Em mim tirando o facto de sentir, já não sinto nada, circunstância esta, que ninguém, aqui, está em condições de conhecer. Entre mim e o os outros, dir-se-ia que pertencemos todos ao mesmo mundo. Mas cedo vi que as vocações não coincidiam. Inquieta, perguntei-me pretensiosamente, como se pudesse escolher, e ser dona do meu destino, como poderia ser mais feliz: ignorando ou sabendo. Numa primeira instância, nem era necessário responder, não sou feliz, não o serei. Porém, busco momentos felizes. E o nada que sinto? Não sei... É um nada que corrói.

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