já sentis-te cócegas na alma, um desejo louco de ultrapassar limites, e de defini-los novamente. em parte porque és jovem, e porque todos nós queremos atingir a grandeza, viver nem que seja por um instante na certeza de que superei um medo. o medo. este é, de facto o nosso pior rumo - tarado e perverso. compadecemo-nos, perante ele, a ser, a sua carcaça, entregando-nos a priori, como vencidos. não compreendo a razão deste massivo temor. é o temer a existência do medo, que o fecunda. estou a caminho -  na minha vida, e encontro-me agora numa selva tenebrosa. porque sou falível, e errei. não vos saberei dizer como resistir. mas, suponho, que somente as lembranças das falhas é que façam ressurgir o medo. não tão amargo como a morte. porque ainda respiras. acalma-te, concede repouso ao teu corpo fatigado e retoma o caminho, mantendo, constante e plenamente o pé firmado, muda o teu desígnio. para te libertar desse temor, dir-te-ei, que se tens consciência que és, não te prives da tua própria vida. a tua alma não pode ser tomada pela cobardia, que muitas vezes, tanto nos oprime, e que tanto o homem transfigura e extravia como uma desculpa. porque te deténs? e porque não te armas de ardor e de coragem?

2 comentários:

  1. Imagina o medo como uma barreira,uma barreira alta quase intransponível. nessa mesma barreira circundam receios e fraquezas que se nos aproximar-mos muito eles consomem-nos e devoram-nos sem precedentes. Logo, temos que nos "armar de ardor e de coragem", porque o que nos detém é estarmos frente a frente com medo e sem coragem. Foca-te no que de melhor tens, porque a vida é curta demais para vivê-la com receio! Ultrapassa a barreira utópica e salta sobre o receio e a fraqueza, ou se fores do tipo mais "sanguinário", derrete-os com um sorriso.

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